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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
10 anos de Alba
Este ano, a Alba, GFP-Bunny, de Eduardo Kac, completa 10 anos.
Parabéns para ela, que sobreviveu a si mesma.
Eternizada via rede, Alba flutua no cyberespaço.
Como todas as imagens preservadas de alguma forma, ela parece continuar para sempre, eterna enquanto houver energia para ligar computadores, onipresente entre os que tem acesso a rede e quiserem acessá-la.
É possível ver outras leituras da coelha feitas pelo artista até o dia 7 de março, no Oi Futuro Flamengo, no Rio de Janeiro.
A exposição se chama "Eduardo Kac: Biotopos, Lagoglifos e Obras Transgênicas" e tem curadoria da Christiane Paul do Whitney Museum of American Art, NY
Parabéns para ela, que sobreviveu a si mesma.
Eternizada via rede, Alba flutua no cyberespaço.
Como todas as imagens preservadas de alguma forma, ela parece continuar para sempre, eterna enquanto houver energia para ligar computadores, onipresente entre os que tem acesso a rede e quiserem acessá-la.
É possível ver outras leituras da coelha feitas pelo artista até o dia 7 de março, no Oi Futuro Flamengo, no Rio de Janeiro.
A exposição se chama "Eduardo Kac: Biotopos, Lagoglifos e Obras Transgênicas" e tem curadoria da Christiane Paul do Whitney Museum of American Art, NY
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Um elenco eclético
Para o elenco do Coelho em Cores foram convidadas algumas participações luxuosas, que não estavam diretamente ligadas nem à Estácio, nem ao VCF, e que foram fundamentais para o efeito que se pretendia causar. Todos toparam trabalhar sem cachê, uma vez que a produção não tinha dinheiro, e trouxeram muita energia e astral.
Na primeira sequência, a do bolo, a atriz convidada, a ótima Joana Seibel, teve o papel escrito especialmente para ela, que jamais pensaria ou precisaria de silicone como sua coquete personagem.
Na segunda sequência, a do carro, Cora Ribeiro criou uma inesperada bióloga adolescente que dá uma verdadeira aula em pleno engarrafamento.
Seu texto em parte foi inspirado no de um personagem real, e sem saber, Cora trouxe exatamente aquele clima para o vídeo, embora com mais charme, naturalmente. Nino Ottoni já trabalhava com estudantes de Cinema desde criança, e como se pode ver também pelos créditos, está à vontade neste mundo em volta da câmera e da cena. Em breve, certamente veremos realizações assinadas por ele.
Na terceira sequência, a da fome, a disponibilidade do professor Antonio Oliveira, que observava o projeto VCF acompanhando a professora Aldaléa Figueiredo, enriqueceu a história que originalmente seria realizada com um estudante da Estácio que não pôde comparecer.
Aliás essa disponibilidade e a capacidade de improvisação cênica do professor pôde ser notada também nos estudantes André Escóssia e David Rocha, que substituíram, sem tempo maior de preparação. Os estudantes, participantes do VCF, demonstraram na prática ter atingido objetivos do projeto, e o mesmo vale para seus colegas fora de cena.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
A coelha ela mesma...
Na dimensão do real, no making of do vídeo construído, a cada etapa uma nova questão. Como lidar com a questão do animal? A ficção possibilitou que a realidade da cobaia se modificasse, qual o limite da ficção? A cobaia, coelha albina sem modificações genéticas, torna-se impura para o laboratório, desde que foi ao ambiente natural, a ele não pode voltar. E assim, ganha um sítio e um parceiro, bicho de estimação familiar. Documentário inesperado que não foi feito.
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Quando o acaso conspira a favor
Se aproximava do final de 2004, os alunos de cinema se dividiam em mil projetos. Mas alguns conseguiram participar das gravações de GFP, como o curta se chamava então.
As gravações das sequências foram agendadas segundo a disponibilidade das locações, ou seja o carro e a sala vermelha, e do dia em que teríamos a coelha, já que nesse mesmo dia teríamos que doá-la.
No dia de gravar a terceira sequência, a da coelha viva, três estudantes de cinema que fariam personagens desvalidos não conseguiram chegar, e o pessoal da E.T.E. Henrique Lage se incorporou ao projeto, trazendo uma nova força e aprofundando a parceria com o VCF. A professora Aldaléa Figueiredo foi fundamental para essa iniciativa.
Neste mesmo dia os estudantes também gravaram A Outra Cara da Sociedade, curta selecionado para a Mostra Geração Video Forum do Festival do Rio, no mesmo ano.
Pré-Produzindo Coelho em Cores ou GFP
Ter condições de sair do papel para a ação é o sonho de qualquer realizador, seja qual for a obra. Neste caso, embora não dispuséssemos de um centavo, havia uma série condições que facilitavam, e porque não dizer, incentivavam a criação do curta.
Além de dar aulas de cinema na Estácio, eu coordenava o VCF - Vídeo Clube do Futuro, projeto do MV/Fiocruz que estimulava o reconhecimento das diversas etapas do fazer vídeo. Lá, dispunhamos de câmeras, sala de edição e recursos para dar andamento ao projeto mais facilmente que na Estácio, onde a fila de alunos esperando para usar equipamentos era enorme. Mais do que isso, qualquer professor participante do projeto VCF podia pedir uma data e realizar o filme com sua turma. Esta prerrogativa também me incluía, sem problemas de hierarquia ou organização, e na Estácio não seria elegante usar a posição de professora para facilitar a realização do trabalho com os estudantes, já que o curta havia transpirado para uma característica não formal, ou seja, extra-curricular.
A prática do trabalho cooperativado em teatro facilitou conseguir o apoio de familiares e amigos para termos locações e outros recursos. A especificidade da Fiocruz foi fundamental para dispormos da coelha nas melhores condições possíveis para ela e para nós.
No projeto VCF, aproveitava a experiência que tivera ao trabalhar na EICTV/Cuba. A criatividade, a maleabilidade na solução de problemas e no rodízio de funções, a noção de organização e trabalho em equipe, além da exigência de qualidade permeiam o trabalho em San Antonio de los Baños.
Na maior parte das vezes conseguimos trazer essas qualidades para o VCF, guardadas as devidas proporções, já que na EICTV existe a preocupação de profissionalização e no projeto VCF o objetivo era estimular o reconhecimento, não necessariamente para encaminhar para carreiras ligadas ao audiovisual mas para facilitar uma leitura crítica de produtos desse tipo.
Tais qualidades propiciavam uma prática estimulada pela reflexão de quem sabe que pode agir - o atualmente falado empowerment. Os participantes são realmente atores sociais de sua vivência e o resultado pertence ao grupo.
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Roteiro final
As improvisações originadas da provocação "E se pintasse um coelho verde" dialogavam com algumas questões que podiam enriquecer a idéia inicial.
Esse coelho que vai se "materializando" trouxe um desconforto sobre qual valia a pena refletir. De início ele é visto como alucinação, logo como representação e finalmente, é tão concreto que vira comida. Mais antropofágico do que isso, nem com Oswald ou com Mário de Andrade.
Questões imediatas como a natureza dos personagens, dialogavam com Donna Haraway em seu Cyborg Manifesto.
Quando pensamos nas modificações que aparelhos dentários, óculos, lentes, próteses propiciam, e na exclusão que a ausência deles e de outros apetrechos afins revela, é possível perceber a profundidade da intervenção tecnológica sobre o ser humano, tão naturalizada muitas vezes (que o diga Herbert Vianna, quando canta "eu não nasci de óculos, eu não era assim...").
Por isso, todos os personagens tem alguma modificação, seja o silicone, a tatuagem, ou algo corretivo, exceto um, que permanece apenas observando tudo.
Enquanto alucinação, remetia aos anos 70, mas não seria desejável estimular o uso de nenhum alucinógeno. Daí a homenagem a Peter Sellers, em seu "I Love You Alice B. Toklas".
Também seria fundamental aproveitar a coelha exposta no relógio de rua, o que foi feito no Largo do Machado, no Rio de Janeiro. Esta cena se originou de situação semelhante ocorrida em engarrafamento, segundo o Cavi, que participou desde o início.
Outros possíveis coelhos surgiram como citação, ou homenagem, como a coelhinha da revista Playboy e o coelho de Lewis Carroll.
Não se pretende que todos peguem todas as citações, mas elas fazem parte do contexto cultural em que está imerso esse coelho em cores.
A estrutura das cenas foi respeitada e mantida. No roteiro final praticamente foram recriados alguns dos diálogos a partir dessas inquietudes já expostas, e aprofundados os rabiscos de personagem.
O curta não pretende oferecer uma solução para nenhum impasse, nem ser moralizante. Apenas fotografa questões bioéticas que se apresentam cada vez mais à sociedade, e que muitas vezes envolvem as relações entre ciência e arte.
Brinde
"GFP Bunny" era um tema intrigante e bastante desconhecido do grande público.
Em setembro de 2004 a Galeria Laura Marsiaj expôs a coelha de Kac nos relógios eletrônicos de rua do Rio de Janeiro, criando uma curiosidade sobre seu significado.
Esta provocação me estimulou ainda mais a desenvolver o tema no II Simpósio de Arte e Ciência,promovido pelo IOC/Fiocruz, no qual devia ministrar uma oficina, no mesmo mês.
Nesta época dava aula no Curso de Cinema da Estácio de Sá, no Campus Rebouças.
A aula começava muito cedo, às 7 horas e era bem difícil para todos cumprir este horário, já que no curso é comum atravessar noites filmando ou editando.
Para minimizar o problema da pontualidade, oferecia um "brinde" aos alunos. Era uma brincadeira simbólica: quem chegasse na hora podia, durante 30 minutos, discutir seu projeto, ouvir poesias, debater sobre algum filme polêmico, participar de alguma dinâmica inusitada, enfim, uma surpresa para animar aquele horário legal. A coisa começou a funcionar e a frequência era cada vez melhor. Neste dia me preparei para debater o filme "Olga", de Monjardim, mas ninguém tinha visto ainda.
E foi assim, meio sem querer, que surgiu o assunto do Coelho Verde, no caso, da coelha. Já estávamos a 45 minutos de aula, a turma praticamente toda presente e o debate animado sem querer parar.
Me veio a idéia de propor uma improvisação, para sairmos da teoria para a prática e seguir em frente: "E se pintasse um coelho verde?". Os 3 grupos tiveram entre 5 e 10 minutos para combinar a cena e apresentar.
E o esboço de cada uma das cenas do vídeo surgiu ali, na nossa frente, na ordem em que se encontra no vídeo. Sem nenhuma pretensão, eles trouxeram várias das questões embutidas na provocante arte transgênica de Kac.
Achei que valia a pena compartilhar com quem quisesse e se interessasse. Daí, foi partir para a realização do vídeo, indie desde o começo.
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Começou assim
Me deparei com "GFP Bunny" de Kac e toda a polêmica que envolvia a obra durante minha pesquisa de mestrado, finalizada em 2004. O assunto era claramente um marco nas relações entre Arte e Ciência, tema de minha dissertação, e tornou-se o marco final desta. O marco inicial é a abertura do Exploratorium, the Museum of Art, Science and Human Perception, em 1969.
Na dissertação, abordo também a obra de Malvina Hoffman, em Races and Mankind, outra interação polêmica entre Arte e Ciência. A foto acima é de uma de suas esculturas.
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