segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Brinde


"GFP Bunny" era um tema intrigante e bastante desconhecido do grande público.

Em setembro de 2004 a Galeria Laura Marsiaj expôs a coelha de Kac nos relógios eletrônicos de rua do Rio de Janeiro, criando uma curiosidade sobre seu significado.

Esta provocação me estimulou ainda mais a desenvolver o tema no II Simpósio de Arte e Ciência,promovido pelo IOC/Fiocruz, no qual devia ministrar uma oficina, no mesmo mês.

Nesta época dava aula no Curso de Cinema da Estácio de Sá, no Campus Rebouças.
A aula começava muito cedo, às 7 horas e era bem difícil para todos cumprir este horário, já que no curso é comum atravessar noites filmando ou editando.

Para minimizar o problema da pontualidade, oferecia um "brinde" aos alunos. Era uma brincadeira simbólica: quem chegasse na hora podia, durante 30 minutos, discutir seu projeto, ouvir poesias, debater sobre algum filme polêmico, participar de alguma dinâmica inusitada, enfim, uma surpresa para animar aquele horário legal. A coisa começou a funcionar e a frequência era cada vez melhor. Neste dia me preparei para debater o filme "Olga", de Monjardim, mas ninguém tinha visto ainda.

E foi assim, meio sem querer, que surgiu o assunto do Coelho Verde, no caso, da coelha. Já estávamos a 45 minutos de aula, a turma praticamente toda presente e o debate animado sem querer parar.



Me veio a idéia de propor uma improvisação, para sairmos da teoria para a prática e seguir em frente: "E se pintasse um coelho verde?". Os 3 grupos tiveram entre 5 e 10 minutos para combinar a cena e apresentar.

E o esboço de cada uma das cenas do vídeo surgiu ali, na nossa frente, na ordem em que se encontra no vídeo. Sem nenhuma pretensão, eles trouxeram várias das questões embutidas na provocante arte transgênica de Kac.

Achei que valia a pena compartilhar com quem quisesse e se interessasse. Daí, foi partir para a realização do vídeo, indie desde o começo.

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Créditos do Coelho em Cores GFP