O processo de colorização da coelha partiu de alguns pressupostos: não machucá-la, não alterá-la verdadeiramente e trabalhar com ela o menor tempo possível. Na primeira sequência, ela aparece de forma irreal e bem rápida, em ambiente fechado, mas na terceira sequência ela precisava estar ao ar livre. O iluminador, Armando só temos essa foto dele de costas, instruindo um dos estudantes que está abaixado), fez experiências com refletores e gelatinas ao ar livre, mas como temíamos, eles não imprimiram a cor necessária à coelha, pois não podiam ficar muito próximos a ela, para evitar incomodá-la. Um dos estudantes participantes do VCF foi seu assistente e outro ficou especialmente cuidando da coelha.
Depois dessa tentativa, ficou fechado que a coelha da terceira sequência seria colorizada na mesa de edição, visto que tingi-la como chegou a nos ser sugerido estava fora de questão. Como o equipamento disponível era a versão mais simples do AVID, foi preciso fazer esse trabalho de forma tecno-artesanal, o que consumiu boa parte do tempo total desta etapa. Foi necessário "puxar" a cor de tudo em cada quadro da sequência, o que causou uma estranheza, uma luminosidade indefinida que colaborava para expressar o clima da cena.
A coelha da primeira sequência foi fotografada no Laboratório de Percepção do MV/Fiocruz, coordenado pelos físicos Luis Carlos Victorino e Rosicler Neves. O laboratório de física dispunha de um experimento com RGB que se prestou perfeitamente a colorir a coelha de várias cores na frente de um fundo infinito que colaborava para criar a irrealidade da coelha.
segunda-feira, 1 de março de 2010
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